Os estabelecimentos de ensino são locais de convívio onde é importante estabelecer medidas de saúde pública em concordância com as medidas implementadas na comunidade em geral. Assim sendo, neste regresso ás aulas é fundamental definir estratégias que permitam toda a segurança no ensino presencial, dando prioridade à prevenção da doença e à minimização do risco de transmissão do Covid-19, com todas as condições de segurança e higiene nas escolas. Desse modo, foi elaborada uma orientação conjunta da conjunta da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, da Direção Geral da Educação e da Direção-Geral da Saúde, no qual consta um conjunto de medidas preventivas a adotar.
Um dos valores pelo qual a Unifardas se rege é o compromisso com a sociedade. Dessa maneira e partilhando as preocupações da sociedade em geral face ao regresso ás aulas neste contexto do Covid-19, elaboramos um artigo tendo como fonte o documento elaborado pela DGS, onde partilhamos e reforçamos as medidas a adotar por todos os intervenientes do meio escolar e comunidade em geral.
Regresso ás aulas – 10 perguntas que todos os pais fazem no contexto Covid-19
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As crianças apresentam menor risco de contrair Covid-19 do que os adultos?
Segundo a OMS (organização mundial de saúde), os casos em crianças em idade pediátrica, representam cerca de 1 a 3% das infeções por Covid-19 a nível mundial. Contudo, estas parecem ser tão suscetíveis a esta infeção quanto os adultos, apesar de apresentarem formas mais ligeiras ou assintomáticas da doença.
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Qual o papel das crianças na transmissão?
O contributo das crianças na transmissão desta infeção ainda é algo desconhecido, pelo que é necessária mais informação. Até ao dia de hoje, foram relatados poucos surtos envolvendo crianças ou estabelecimentos de ensino. Entretanto, para o aumento do conhecimento sobre as crianças e a Covid-19, continuam a ser desenvolvidos estudos sobre o papel dos menores na transmissão da SARS-CoV-2, dentro e fora do contexto escolar.
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As crianças com problemas de saúde associadas (asma, diabetes, obesidade) podem voltar à escola?
Sabe-se que as pessoas com doenças crónicas podem ter manifestações de Covid-19 mais graves. Contudo, as evidências atuais sugerem que o risco de doença grave em menores é, no geral inferior ao risco em pessoas em idade adulta. Assim sendo, podem ser consideradas preocupações adicionais para minimizar o risco de infeção nestes grupos.
É essencial que a pessoa em causa seja avaliada pelo médico assistente, que deverá considerar o seu estado de saúde e determinar quais os cuidados a ter.
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Qual o período de incubação de SARS-COV-2 nas crianças?
O período de incubação é igual em crianças e adultos.
Regresso ás aulas – quem deve utilizar máscara nas escolas?
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Quem deve utilizar máscara nas escolas?
Em todos os espaços dos estabelecimentos de ensino, em todos os momentos e em cumprimento da legislação em vigor, devem utilizar máscara:
- Professores
- Pessoal não docente
- Alunos a partir do 2º ciclo do ensino básico
- Encarregados de educação
- Fornecedores e outros elementos externos
No entanto existem exceções previstas relativamente ao uso de máscara, sendo elas:
- Para a alimentação, devido à sua impraticabilidade
- Durante a prática de exercício físico
- Declaração médica que ateste condição clínica incapacitante para a sua utilização
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É obrigatória a medição de temperatura à entrada do estabelecimento de ensino?
A medição de temperatura não é obrigatória. Portanto, qualquer pessoa, aluno, pessoal docente ou não docentes, que frequente o estabelecimento de educação ou ensino deve vigiar o seu estado de saúde e não se deve dirigir para lá, se verificar o aparecimento de sintomatologia, entre o qual se encontra a febre.
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A área de isolamento pode ser partilhada por mais do que um caso suspeito?
A área de isolamento não deve ser utilizada por mais do que um caso suspeito em simultâneo, a não ser que sejam coabitantes. Desse modo, no caso de surgirem vários casos suspeitos em simultâneo, deve recorrer-se a outras salas que não estejam a ser utilizadas para isolamento dos restantes casos suspeitos, cumprindo os mesmos procedimentos dos aplicados à área de isolamento.
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Quais os cuidados a ter durante o transporte de e para a escola?
Sempre que se utilizem transporte coletivos de passageiros, públicos ou privados há que ter em atenção os seguintes cuidados;
- Etiqueta respiratória
- Higiene das mãos – desinfetar ou lavar as mãos depois de tocar em superfícies ou objetos
- Cumprimento do intervalo e da distância de segurança entre passageiros
- Utilização de máscara no transporte (autocarros escolares, metro, entre outros)
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O que faz a escola quando um aluno tem febre?
A febre é um dos sintomas que faz parte da definição de caso suspeito de Covid-19. Assim sendo, ao identificar-se um aluno com temperatura corporal, maior ou igual a 38ºC deve seguir-se os procedimentos aconselhados pela DGS, nomeadamente o contacto com o Encarregado de Educação, o SNS 24 (808 24 24 24).
Importa considerar que a febre é um sinal inespecífico, que faz parte do quadro clínico de outras doenças. Inegavelmente, durante o inverno, é comum as crianças apresentarem quadros respiratórios decorrentes de outras doenças.
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O meu filho (a) teve um teste laboratorial positivo para Covid-19, como devo proceder?
Um aluno com teste laboratorial positivo para Covid-19, deve permanecer em isolamento, seguindo as indicações da Autoridade de Saúde, até cumprir com os critérios da cura. Desse modo, esta pessoa é acompanhada clinicamente por um médico de família, utilizando a plataforma Trace Covid-19.
Deverá permanecer em casa e estar contactável para o acompanhamento clínico para a realização da investigação epidemiológica pela Autoridade de Saúde. Este só poderá retomar as atividades letivas após cumprir os critérios de cura e ter indicação da Autoridade de Saúde.
Lembre-se neste regresso ás aulas!
Retornar à escola durante a pandemia de Covid-19 pode parecer “assustador” – pelo menos por um tempo. Contudo, as escolas, a Direção de Saúde e outros organismos públicos estão a tomar as medidas mais eficazes para a segurança de todos. Inegavelmente, todo este esforço das diversas organizações exigirá também o apoio de todos para garantir que a escola seja um local seguro, saudável para alunos, professores, funcionários e famílias.